A relação 24/7 sob a minha ótica
A relação conhecida e denominada como relação BDSM 24/7 é aquela que evoluiu em um certo grau de profundidade e entrega entre o Dominador e sua menina.
Como toda relação amorosa – baunilha ou BDSM – inicia com o conhecimento e harmonia entre o casal e pode evoluir para um estágio em que a convivência atinge uma necessidade tal, que ambos entendem por bem viverem juntos ou compartilharem horas de seus dias com maior cumplicidade.
Alguns chegam a acreditar que inexiste relação BDSM apenas virtual, e eu, mantenho-me com o entendimento de que tudo, sempre depende do casal, porque pra mim existem casais que moram juntos, estão “casados” formalmente, mas não possuem um “relacionamento”;
Na relação 24/7 o casal se entrega e convive 24 horas por dia, 7 dias por semana e dai surge essa expressão.
Não é que ocorrem sessões e práticas o tempo todo, não, pelo amor de Deus. Dias atrás me perguntaram justamente isso, se as submissas que vivem esse tipo de relação somente tem sessões e nunca uma relação sexual normal, digamos que baunilha. Eu respondi que, tudo que é em excesso, torna-se chato e enjoativo, portanto, as relações são em sua essência BDSM até pelos gostos sexuais dos envolvidos, mas obviamente, quando existe uma convivência 24/7, onde ambos não se encontram apenas em sessões, mas também convivem no dia a dia, acaba surgindo o amor, e a união passa a ter, também, pitadas de baunilha.
Como assim???
Simples. Existem casais que não compartilham apenas a vida baunilha, mas também a vida BDSM.
Para o mundo baunilha, é um casal comum como outro qualquer, casados de papel passado ou mesmo, conviventes em união estável – conforme as normas legais -.
Existem as relações 24/7 sem casamento.
Novamente me perguntam, como Assim???
Oras, a convivência é diária, 24 horas por dia, mas ambos nao residem na mesma casa, não possuem uma união estável ou são casados civilmente, mas residem – em alguns casos – próximos um do outro e tem sessões mais frequentes e mantem contato diario, em todos os segundos do dia.
A submissa não faz nada, não dá um passo sem que seu Dono saiba. Ele tem total controle sobre ela, suas roupas, seus passeios, trabalho,etc...ou seja, o dia – a –dia é todo controlado e de conhecimento do Dono.
O domínio persiste. Sendo que certos ritos e atitudes podem ser convencionadas para momentos mais descontraídos, quando não se está em sessão.
A escrava/submissa, para ser considerada em relação 24/7 não precisa estar constantemente amarrada ou morar junto na mesma casa, não sendo isso um requisito. Basta que a dominação, ou seja, o Domínio do TOP esteja sempre presente, ou seja, o tempo todo a sub estará à disposição do TOP, que poderá requisitá-la para alguma prática que o satisfaça a qualquer hora.
Em resumo, conclui-se que as relações BDSM, estando casados e vivendo na mesma casa ou não, possuem como requisito a inteira entrega da submissa ao Dono, ou seja, ela sempre está a sua disposição, independente de morarem ou não juntos. Esse é o requisito primordial desse tipo de relação. A entrega total. O Domínio integral e em uma profundidade muito mais forte e clara do que na relação virtual ou ainda, naquela relação “comum” entre escrava e submissa.
Qual a relação comum?
Aquela em que a submissa tem um Dono, mas não está à disposição dele 24 horas por dia, mas tem horários e momentos pré-determinados em que deverá estar a seu dispor. Podemos usar como exemplo aqueles casos em que o Dono marca um horário para conversar com a sua menina e te-la à sua disposição.
Existem vários tipos de relação BDSM e cada qual decide qual viverá e qual possui mais afinidade. Mas o pressuposto principal e primordial do BDSM é justamente deixar suas vontades regerem sua vida, sem medo, sem pudor, sem bloqueios advindos dos dogmas religiosos impostos pela sociedade, etc.
Finalmente, afirmo que é terminantemente imprescindível que, nesse nível de intensidade – relação 24/7 -, a escrava escolha muito bem o Dono a quem se submeterá, porque estará inteiramente a seu dispor, facultado a ela – em muitos casos - , apenas o direito de dispor da relação – falando em relação em que o nível de cumplicidade ja está tão grande que não mais existe a chamada safeword.
Mas, apesar disso ainda permanece e sempre permanecerá, “São, Seguro e Consensual”, ou seja, todo poder é conferido ao TOP, que deve saber usá-lo de modo a adequar suas ações a estas premissas.
Espero ter
esclarecido algo.
Mas já
alerto que são minhas opiniões particulares e que cabe a cada qual expor as
suas próprias, aprendendo apenas a nunca julgar o outro apenas por não
compartilhar de suas idéias.
Bjos a
todos.
Érica
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