sexta-feira, 29 de março de 2013

BDSM x "Pré" Conceito



Existe na sociedade uma incrível incapacidade em entender que, a submissão de uma mulher a um homem, em uma relação BDSM, não diz respeito à sua anulação como mulher e ser humano desprovido de inteligência, capacidade profissional, mental e principalmente, capacidade de discernimento entre o certo e errado, o moral e imoral e o limite entre o desejo e o abuso físico e psicológico.

O grande erro de quem está fora desse mundo é a incapacidade em enxergar e entender que NÃO EXISTE LOBOTOMIA FEMININA OU MASCULINA NO ATO DE SUBMISSÃO. Ao contrário. A SUBMISSÃO É O ATO DE MAIOR CORAGEM E CONTROLE DE SEU “EU” INTERNO QUE UMA PESSOA PODE TER.

Aquele que assume seus desejos de submissão, simplesmente tem o controle de suas capacidades mentais e vontades, permite-se ter suas vontades, desejos e pensamentos, não se deixando suprimir por ideais retrógrados de uma sociedade preconceituosa.

A MULHER/HOMEM QUE VIVE SUA SUBMISSÃO, É UMA VERDADEIRA FORTALEZA DE CARÁTER E PERSONALIDADE, POIS TEM A FORÇA E CORAGEM DE ENFRENTAR À SOCIEDADE.

O praticante de BDSM sério não precisa ser tratado patologicamente, não precisa de crachá nem identificação, muito menos se envergonhar dos seus desejos.

Libertar a mente e se livrar do fardo da frustração é uma conquista para poucos, é uma vitória de poucos e quando percebem a grande luta que travaram e vitória interna conquistada, percebem o privilégio de viver sob suas próprias vontades e dogmas.

A religião nos imputa dogmas e demônios que nos impede de expor nosso “eu” , nos obriga a seguir um padrão comportamental de reprodutores e seguidores de uma sociedade envolta em hipocrisia, que esconde suas feridas e expõe apenas o que, de alguma forma, não se desvie da ‘ordem diária’.

O ser humano precisa viver em sociedade para viver bem, mas daí a deixar a sociedade invadir sua privacidade e delimitar o que lhe é permitido fazer ou não para obter o prazer é uma afronta.

O livre-arbítrio é direito de cada um, desde que não viole o das outras pessoas. A prática sexual de um ser humano não denigre o seu caráter nem o faz deixar de ser quem é. Prova disso é a quantidade de sádicos e psicopatas que se infiltram na sociedade com o padrão comportamental exemplar, afinal, quantas estórias de padres pedófilos, pais exemplares e dedicados mas incestuosos, professores “mestres” e “doutores” , exímios estudiosos, que na verdade querem mesmo é conhecer a “anatomia” de seus rebentos?

Sempre tenho visto entre as interações virtuais, pessoas “baunilhas”, se intrometendo em questões BDSM, fazendo postagens totalmente e exageradamente sexuais, sem qualquer contexto litúrgico e filosófico, que apenas contribuem para denegrir a imagem do BDSM perante a sociedade.

Não estou dizendo que não existe sexo e que BDSM não é isso, até por que seria uma heresia, estou apenas dizendo que NÃO É SÓ ISSO.

BDSM NÃO É SÓ SEXO.

O preconceito existente já é fato e acredito que sempre teremos que conviver com ele, até por que, mesmo que um dia consigamos RESPEITO da sociedade, nada nunca é unanime. Sempre existirão aqueles que fugirão à ideia.

No entanto, penso que o intuito de todo praticante sério, é ver chegar um dia, em que pelo menos o preconceito e o respeito, essa duas bandas da laranja, estejam em igual proporção, por que infelizmente hoje, o preconceito ainda supera o respeito no meio social.

Entretanto, cabe a cada um de nós, fazermos nossa parte para impedir que a cada dia que passa, diante dessa explosão de popularidade do BDSM, pessoas mal intencionadas, piorem e prejudiquem ainda mais a imagem que, foi muito duramente conquistada, durante todos esses anos de existência do BDSM.

Aprendam, ser baunilha não lhe garante felicidade, ser adepto do BDSM também não. O que garante a felicidade de parceiros, seja no sexo, no amor, na amizade, no trabalho ou no dia-a-dia, são respeito, confiança e verdade.

Essa constante desavença entre superioridade masculina  e inferioridade feminina, imposta no conceito social, religioso e psicológico, é o principal motivo que leva ao fracasso de diversos relacionamentos e a frustrações emocionais.

O medo da verdade se resume ao receio da rejeição, e quem te rejeita não te merece. Levanta, sacode a poeira e vai à luta.
"As pessoas têm a obrigação de aceitar os outros como eles são, e também, a opção de querer conviver ou não com eles.” Dicionário de Fetiches e BDSM – Agni Shakti

Érica



O BDSM é uma filosofia e, cada um vive conforme seus conceitos próprios


O BDSM é uma filosofia e, cada um vive conforme seus conceitos próprios, conforme sua personalidade e forma de enxergar a vida.
A essência do BDSM é a liberdade de sentimentos, liberdade de desejos, é deixar fluir o seu instinto mais intimo , mais escondido, mais profundo. É uma filosofia que faz a pessoa desabrochar para o mundo sexual e sentimental, sem preconceitos enraizados em nosso intimo pelos dogmas morais da sociedade.
BDSM não é depravação, ao contrário, existe muito respeito e acima de tudo, muito companheirismo.
Não pode existir mentiras entre os praticantes. Não pode existir qualquer tipo de diferenças.
Mas infelizmente, existem aqueles que se aproveitam da filosofia para viver a depravação sexual e confundem a cabeça de quem não conhece o verdadeiro BDSM.
Eu entendo o BDSM como um desenvolvimento psicológico do individuo, que aprende com o seu parceiro...a se libertar, exteriorizar sentimento, vontades, desejos, a viver a sua sexualidade com respeito, com adoração...
Na realidade sempre existirá sentimento.
O carinho existente entre o Dominador e sua submissa é imensurável. O verdadeiro Dominador cuida de sua submissa, a ajuda, ensina,  a molda conforme seus desejos. Mostra a sua importância, o seu valor. O quanto é bela, o quanto é desejável e o quanto ela é extremamente importante .
É uma troca, a submissa sente prazer em conceder esse mesmo prazer ao DOMINADOR. A nossa alegria é ver a felicidade estampada nos olhos dele. É ver ele gozar com nosso toque, com nossa entrega, com nossa dedicação. É vê-lo sorrir.
E a submissa precisa disso, precisa sentir-se domada, entregue. Porque quando estamos assim, somos felizes, nos encontramos como mulher.
E não somos fracas. O fato da submissa/escrava, abaixar a cabeça para o Dominador, não quer dizer que é uma coitada, mandada pelo homem, que não tem autonomia ou vontades, ao contrário. Somos muito mais fortes e corajosas do que muitas mulheres, porque conseguimos exteriorizar com força e coragem que precisamos das restrições, das vendas, dos chicotes, do domínio psicológico e físico para sermos felizes.
E a cada toque....a cada beijo...a cada mordida...a cada tapa ...e a cada chicotada....rsrs.......



Érica


Desejos são inevitáveis

Desejos são inevitáveis, independente de serem satisfeitos ou não. Você pode camuflar, reprimir e tentar ignorar um fetiche. Mas não pode se livrar dele. Faz parte do seu intimo e mesmo não estando ativo, vive latente no seu interior.

Eu sei que pela sua cabeça sempre passam as duas questões básicas: será que sou anormal? O que será que as pessoas pensarão de mim se souberem disso? Para a prática do BDSM, o primeiro passo é se libertar. Em primeiro lugar, das suas próprias repressões e preconceitos. Sim, todo mundo é reprimido de alguma forma, e as vezes por si próprio. E preconceito? Se você disser que não tem um, está no planeta errado.

Preconceitos existem espalhados por todos os lugares. Contra gays , lésbicas, negros, gordos, magros, feios, orelhudos, narigudos, pobres, ricos, evangélicos, umbandistas, ateus, deficientes, jovens , velhos, blá, blá, blá.

Voltando à libertação... Libertar-se seria entender que o seu desejo não é uma aberração, nem uma bizarrice. O seu desejo oculto e latente pode parecer estranho por você não entendê-lo, ou achar que ninguém mais tem o desejo que você tem. É claro que os desejos não são os mesmos para todos; alguns se diferenciam pela intensidade das sensações e prazeres e modos de prática. Então entenda, se libertar é, em primeiro lugar, entender como o seu desejo funciona.

E aí vem a aceitação. Não se pode aceitar o que não se entende. Liberdade e aceitação, um elo que encaminha você a aderir ao estilo BDSM. 
Érica


BDSM X AMOR


Muitos perguntam sobre o amor no BDSM e sobre a submissão.
Existe submissão sem amor ?
Sim, existe, afinal existe BDSM sem amor.
No BDSM as práticas buscam sempre a consensualidade, e cada um tem a sua própria personalidade, as suas próprias vontades e sua forma de viver o BDSM. O que precisa existir mais, é o respeito às diferenças.
Para mim, submissão só existe com amor, por que eu particularmente, não conseguiria me ajoelhar perante um Homem, um Dominador, sem amá-lo, ou nutrir por ele algum sentimento.
Mas isso, obviamente, não é uma regra, as pessoas são diferentes.
Existem adeptos do BDSM que curtem cenas, sessões onde se encontram com parceiros conhecidos ou desconhecidos, que tem a mesma afinidade que eles, e se divertem e buscam a satisfação sexual, sempre com consensualidade, segurança e consciência.
Entretanto, existem aqueles, que não conseguem separar o Homem do Dominador ou a mulher da submissa, pois possuem o BDSM impregnado na alma, no coração,  no corpo.
Eu faço parte desse grupo.
Preciso amar, preciso me entregar por completo, para que eu possa me submeter.
Minha personalidade é extremamente forte e, sou muito impetuosa.
Mas, a submissa também possui essa personalidade forte e na verdade, quase sempre é justamente essa personalidade que faz o Dominador sentir mais tesão em exteriorizar toda a sua gama de conhecimento e de poder. Qual a graça em Dominador alguém que é facilmente dominado? Facilmente ludibriado, controlado?
A Dominação tem lugar quando o Dominador consegue transformar aquela mulher impetuosa, em uma menina capaz de fazer qualquer coisa que ele pedir sem nem mesmo pensar, ou pensando, decidir por obedecer.
A submissa obedece pelo simples prazer em ver seu DOMINADOR feliz....porque essa felicidade se torna recíproca quando existe união e cumplicidade.
Isso pra mim é a submissão plena.
ELE tomou as rédeas de minha vida, guiando meus pensamentos, que diariamente são voltados a ele.
O Dono de meu coração, é também o Dono do meu corpo e alma, e somente ele, tem o poder de controle sobre mim de forma plena e completa.
Isso é Amor x BDSM, quando você não consegue mais visualizar onde termina a mulher e começa a submissa, porque suas ações já são completamente naturais, espontâneas , que quando você percebe, submeteu-se sem medo, sem qualquer tipo de receio.
Meu coração, minha alma e meu corpo tem Dono, minha vida, meus pensamentos, minhas vontades, meu querer, meus desejos, são dele.
 Submissão é amor, independente de como você a vive, ou de como você enxerga o BDSM.
A verdadeira submissa, aquela que tem a submissão em sua alma, ama submeter, ama seu Dono, ama se entregar e precisa não se pertencer para alcançar a felicidade.
Érica 




Porque ser Submissa? Como lidar com a submissão na prática?

Submissão é algo que nasce com você. É quando a mulher precisa de alguém que lhe comande a vida, que lhe cuide, que lhe proteja, quando sentimos prazer com a dominação de nossos homens e precisamos disso em nossas vidas. Confesso que a submissão pra mim é o verdadeiro tempero sexua, sem ela nunca senti prazer na minha vida sexual. Não sinto prazer no sexo comum, por isso eu digo que a submissão existe na alma, existe dentro da gente, não tem como ser criada nem cultivada, ela existe e pronto.


O BDSM em si não assusta e não é violento, o BDSM é lindo e envolve emoções, envolve a união psicológica do casal, o casal não se envolve apenas fisicamente ou apenas no papel como em uma relação comum. Eles se envolvem por completo, de corpo e alma, até porque vc não conseguiria deixar-se vendar e amarrar nua em uma cama, por um cara qualquer. Você precisa conhecer e ter um certo envolvimento com ele. CONFIANÇA. ENTREGA. RESPEITO. Isso é primordial. A relação BDSM supera e muito a relação "baunilha", porque existe muito mais cumplicidade e confiança, pelo menos se exige mais esses fatores.


Não que a relação baunilha não seja boa ou seja errada, mas existem pessoas como eu que precisam de mais para sentirem-se completas e felizes. Entretanto, existem outras que não precisam disso, que vivem normalmente sem tantos "aparatos" sexuais e são plenamente felizes...


O que “assusta” na realidade é a existência, infelizmente, de pessoas mal intencionadas que usam o BDSM como desculpa ou ainda como ponte para sexo fácil, para saciar desejos, etc...por isso todo cuidado é pouco. Nem todos que se nomeiam praticantes de BDSM realmente o são, existem muitos por ai que sequer sabem o que isso significa, querem apenas curtir a onda de popularidade.


Quer conhecer esse mundo? Acredita que ele faz parte de sua vida? Estude e muito, conheça a teoria primeiro, entenda as práticas, aquilo que vc gostaria e o que não gostaria, conheça seus limites, após, conheça as pessoas, tente entende-las, tente adentrar nesse mundo aos poucos, não faça loucuras, nada que é feito sem raciocínio lógico e sem análise racional , de impulso, pode ser considerado seguro no BDSM.


As práticas mais perigosas exigem preparações e aprendizado antes de serem praticadas. E isso podemos dizer de todo relacionamento nesse mundo.


O  BDSM não é somente fetiche. O que diferencia o SM do fetiche é a intenção...

O  fetiche é o recurso que leva à realização das aspirações sadomasoquistas. Nem todo fetichista é SM, mas é dificil dissociar um SM do fetichismo. SM é uma prática , não uma ilusão.


O que diferencia o sadismo do masoquismo é o desejo. Um manda, enquanto o outro obedece.


BDSM é uma estrada de mão dupla. Alguém tem que querer apanhar para que a mão seja levantada. Tem que querer ser dependente para que sua vontade seja controlada. Tem que estar propenso para permitir ter a mente manipulada. Tem que desejar ser usurpado e humilhado para que alguém o faça; Nada é feito de maneira forçada. BDSM tem a finalidade de obter prazer sexual através de trocas eróticas de poder, envoltas em uma série de anseios sexuais, podendo ou não envolver submissão, punição física e/ ou psicológica e outros meios. Alguns gostam de ser humilhados e manipulados, mas podem não suportar a dor e a dominação fisica e vice-versa. Os adeptos responsáveis e maduros do BDSM primam pela segurança nos relacionamentos, envolvendo ou não o sexo. Nem todo relacionamento SM é composto da consumação prática sexual. O prazer e o orgasmo podem ser obtidos simplesmente através de atos libidinosos. O BDSM utiliza o castigo como fonte de disciplina e prazer consensual. Nenhuma prática que não seja consensual, no meu ponto de vista e de muitos praticantes, pode se encaixar dentro do BDSM. SM é a pimenta da relação e do prazer. Alguns gostam mais de pimenta e outros menos.

A Submissão


A submissão não é algo que se aprende , nem sentimento que nasce de um dia para o outro.
É vida que nasce na alma da mulher.
Como a Dominação existe em alguns homens/mulheres, a submissão simplesmente existe em algumas meninas. Não se cria, nem se planta, nem se cultiva a submissão.
A mulher é ou não é submissa. Pode se destruir uma vida e uma personalidade se tentar criar em uma mulher o que ela não é. Pode comprometer um futuro se você se entregar a um Homem que não sabe reconhecer sua alma submissa.
A entrega plena ocorre com a alma e não apenas com o corpo. Mesmo que seja apenas momentos de prazer, mesmo que seja apenas uma sessão, mesmo que seja apenas uma distração momentânea para ambos, .a entrega do corpo começa na alma e, pode ou não envolver amor.
Mas nunca existirá submissão sem entrega da alma, porque a verdadeira submissa a tem encravada dentro de si.
O amor, este surge ou não.
Algumas tem a sorte de conseguir AMAR aquele a quem pertence, e ser por ele amada.
Outras percorrem caminhos diversos na vida em busca de tal privilégio sem conseguir tal benção. Mas nada consegue tirar de dentro dessa mulher a sua submissão real.
Nem mesmo as frustrações de um amor não correspondido, nem mesmo as tristezas de uma sessão mal conduzida, nem mesmo as marcas de um prazer não consentido.
A submissão está ali, dentro da submissa, adormecida e pronta para ser aflorada por aquele que souber estender-lhe a mão e tocar-lhe a alma.

Érica 
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A submissão é algo que existe dentro de você.

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Submissão Plena: Quando não mais me pertenço.

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O BDSM em si não assusta e não é violento...


O BDSM em si não assusta e não é violento....
O BDSM é lindo e envolve emoções...
envolve a união psicológica do casal...
O casal não se envolve apenas fisicamente ou apenas no papel como em uma relação comum...
Se envolvem por completo, de corpo e alma....
Até porque ninguém conseguiria deixar-se vendar e amarrar nua em uma cama, por um cara qualquer....
Precisa-se conhecer ...
CONFIANÇA ...Entrega...RESPEITO...
São primordiais...
Érica